terça-feira, 31 de março de 2009


Dia da mentira


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia da Mentira ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.
Em
1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na
Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em
Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

Superstições
Tradicionalmente, supõe-se que as peças encerrem à meia-noite. Supõe-se que os feitos posteriormente tragam a má sorte ao perpetrador. Contudo, isto não é universalmente aceito, e muitas peças já foram praticadas depois da meia-noite.
Alguém que não consegue aceitar os truques, ou tirar proveito deles dentro do espírito da tolerância e do divertimento também deve sofrer com a má sorte. Também se diz que aquele que for enganado por uma bonita menina será recompensado com o matrimônio, ou pelo menos a amizade dela.
Outro mito ou a superstição diz que o matrimônio no Dia da Mentira não é uma boa ideia e que um homem que se casa nessa data, será para sempre controlado pela esposa.

Atualidade
A Internet faz com que seja difícil de saber se uma peça é perpetrada antes ou depois do meio-dia. Os fusos horários são diferentes em partes diferentes do mundo. O 1 de abril (ou primeiro de abril) não acontece simultaneamente em todo o mundo.
Pessoas não-residentes no ocidente pouco conhecem o costume do Dia da Mentira e são mais vulneráveis a peças na internet


Boatos
"Em primeiro de Abril vão os burros onde não devem ir". Muitas organizações de mídia propagaram inconscientemente ou deliberadamente peças no Dia da Mentira. Mesmo agências de notícias sérias consideram o Dia da Mentira uma brincadeira normal, e uma tradição anual.
O advento da internet como um meio de comunicação mundial serviu para facilitar os traquinas no seu trabalho.

Peças do Dia da Mentira que ficaram famosas
Kremvax: uma das primeiras peças pregadas na internet no Dia da Mentira.
Ilha de San Serriffe: O jornal britânico
The Guardian publicou um suplemento em que mencionava esta ilha ficcional. O nome da ilha vem de "sans-serif", uma família de tipos tipográficos.
Plantação de esparguete: O canal de televisão BBC no programa Panorama apresentou em
1957 uma reportagem falsa sobre árvores de esparguete. Muitas pessoas interessaram-se em plantar árvores de esparguete em suas propriedades.
Enquanto estive na Suiça a brincadeira preferida neste dia era fazer peixes de papel/cartolina e com fitacola colá-los nas costas dos colegas sem eles perceberem e andarem-se a passear com um lindo peixinho atrás deles:)

quarta-feira, 25 de março de 2009

O nosso Padroeiro...


São João de Deus, de seu nome João Cidade (Montemor-o-Novo, 8 de Março de 1495Granada, 8 de Março de 1550) é um santo da Igreja Católica Romana que se distinguiu na assistência aos pobres e aos doentes, através de um hospital por si fundado em Granada, em 1539. João Cidade foi o fundador dos Irmãos Hospitaleiros.


João Cidade deixou
Montemor-o-Novo aos 8 anos de idade e dirigiu-se a Oropesa onde foi pastor de gado. Alistou-se no exército e tomou parte na conquista de Fuenterabia, então ocupada pela França. Ao abandonar a vida militar, voltou ao ofício de pastor em Oropesa, Sevilha, Ceuta e Granada.
Em Granada ouviu os sermões do Padre
José de Ávila e ficou tão impressionado e exaltando o seu espírito religioso, confessou publicamente todos os erros da sua vida passada e para mais clara demonstração do seu arrependimento, andou percorrendo a cidade ferindo o peito com pedras, e manchando o rosto com lama. Devido ao seu estado lastimoso foi dado como louco e internado num hospício, onde permaneceu muitos anos.
Com um espírito mais sereno, para o qual contribuiu o Padre
João de Ávila, João Cidade saiu do Hospício, e foi visitar o Mosteiro de Guadalupe, voltando depois para Granada onde fundou em 1539 um Hospital para doenças contagiosas e incuráveis. Daí em diante dedicou-se ao serviço deste Hospital. Fundou assim a ordem dos Irmãos Hospitaleiros, a qual foi confirmada, debaixo da regra de Santo Agostinho, pelo Papa Pio V em 1 de Janeiro de 1571.
João Cidade foi
beatificado pelo Papa Urbano VIII em 28 de Outubro de 1630 e canonizado em 16 de Outubro de 1690, pelo Papa Alexandre VIII, sendo no entanto a sua Bula expedida após a sua morte, pelo seu sucessor Papa Inocêncio XII
São João de Deus , é o padroeiro dos hospitais, dos doentes e dos enfermeiros. A sua memória litúrgica é celebrada a 8 de Março.


terça-feira, 24 de março de 2009

Vida de Trabalhador..


Pois é...ontem assinei finalmente contrato e hoje começo oficialmente a trabalhar :)...aora tenho que começar a fazer planos par o futuro...





Não estou a trabalha em hospital como sempre imaginei que iria ser mas sou uma pessoa aberta a novos desafios e quem sabe se não me irei dar bem...Basta querer e esforçar-me...O meu lugar ao sol já o encontrei...entretanto quem sabe se não enconto o meu lugar à beira mar plantado :)



Quanto a este se alguém tiver or aí um lugarzito pra mim na área de cirurgia cardiotorácica comuniquem ;)...ou se alguém tiver dicas do que devo fazer para ir enriquecendo o currículo com vista a essa área...também estou diponível para sujestões:D...



A minha sujestão para vós é: para quem ainda está desempregado, não desistam, e se a oportunidade que vos surgir não é aquele lugar de sonho que desejariam naquele serviço de topo e naquela área maravilhosa, aceitem na mesma...o sonho há-de vir mais tarde mas entretanto estão a trabalhar...aos que já trabalho (incluindo eu :) ), não esqueçamos a luta que aina estamos a travar por nós, e pelos nossos colegas desempregados...alguns poderão fazer um pouco mais que outro, mas aos que pouco podem fazer, passar a palavra já contribui muito...



Bem pessoal, horas de ir pegar ao serviço, BOM TRABALHO para quem o tem e BOA SORTE para quem o procura...




sexta-feira, 20 de março de 2009

Dia 2 e 3 de Abril...FAÇAM GREVE!!!


Mais uma vez, venho apelar a todos os colegas que podem fazer a diferença que adiram a próxima greve de dia 2 e 3 (era bom que não fosse necessário ela decorrer), pois mais uma vez o MS não está a colaborar NADA com os nossos representantes e continua a não nos prestar atenção...


Apesar de agora os motivos serem diferentes, a mim fazer greve só valerá menos dois dias de ordenado pois nem sequer entraria nas percentagens (a vida no privado é assim), mas para quem trabalha a nível do público FAÇAM GREVE...mostrem a este SNS, MS, utentes, que somos importantes senão a estrutura vai toda a baixo...


A sério, gostaria de ver o SNS a trabalhar com os médicos a ter que fazer as punções, colheitas de análises e todos os outros procedimentos que fazemos (já nem falo dos cuidados de higiene e conforto pois eram bem capazes de por as AAM a fazê-lo) e ainda terem que fazer o deles...havia de ser lindo...


Enfim...mostremos a nossa força..

quinta-feira, 19 de março de 2009

São José...


O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.
Em 1955 Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador".
Apesar de ter grande importância dentro da Igreja Católica, o nome de São José não é muito citado dentro das fontes bibliográficas da Igreja, sendo apenas mencionado nos Evangelhos de S. Lucas e S. Mateus.
Descendente de Davi, São José era carpinteiro na Galiléia e comprometido com Maria. Segundo a tradição popular, a mão de Maria era aspirada por muitos pretendentes, porém, foi a José que ela foi concedida.
Quando Maria recebeu a anunciação do anjo Gabriel de que daria à luz ao Menino Jesus, José ficou bastante confuso porque apesar de não ter tomado parte na gravidez, confiava na fidelidade dela. Resolveu, então, terminar o noivado e deixá-la secretamente, sem comentar nada com ninguém. Porém, em um sonho, um anjo lhe apareceu e contou que o Menino era Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento.
José esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém.
Quando Jesus tinha dois anos, José foi novamente avisado por um anjo que deveria fugir de Belém para o Egito, porque todas as crianças do sexo masculino estavam sendo exterminadas, por ordem de Herodes.
José, Maria e Jesus fugiram para o Egito e permaneceram lá até que um anjo avisasse da morte de Herodes.
Temendo um sucessor do tirano, José levou a familia para Nazaré, uma cidade da Galiléia.
Outro momento da vida de Cristo em que José aparece na condição de Seu guardião foi na celebração da Páscoa Judaica, em Jerusalém, quando Jesus tina 12 anos.
Em companhia de muitos de seus vizinhos, José e Maria voltavam para a Galiléia com a certeza de que Jesus estava no meio do grupo.
Ao chegar a noite e não terem notícias de seu filho, regressaram para Jerusalém em uma busca que durou 3 dias.
Para a surpresa do casal, Jesus foi encontrado no templo em meio aos doutores da lei mais eruditos, explicando coisas que o deixavam admirados.
Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte.
Acredita-se que José tenha morrido antes da crucificação de Cristo, quando este tinha 30 anos.


Fonte: www.culturabrasil.org/19demarco.htm

Dia do Pai...

Deus pegou a força de uma montanha,
a majestade de uma árvore,
o calor de um sol de verão,
a calma de um mar tranquilo,
a generosidade da natureza,
os confortáveis braços da noite,
a sabedoria das eras,
o poder do vôo da águia,
a alegria de uma manhã de primavera,
a fé de uma semente de mostarda,
a paciência da eternidade
e o centro da necessidade de uma família.

Depois Deus juntou todos esses ingredientes
e quando percebeu que nada mais havia para acrescentar,
Ele viu que Sua obra prima estava completada.
Olhou para essa obra e disse:
"A tua missão é sagrada.
Vai para a vida , vai !
Só falta eu te dar um nome:
eu te batizo de Pai"
Vai... Tens todo o meu apoio !
(Autor desconhecido)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Happy Birthday...



domingo, 15 de março de 2009

Sexta Feira 13...


Sexta-feira 13 é para muitos um dia de azar...um dia em que é preciso olhar a todos os passos que se dá para não correr o risco de ter algum precalço pelo caminho...não que eu acredite muito nessas coisas pois també já tive um gato preto e o bicho que era um amor nunca me trouxe azar nenhum...pois meus amigos...para mim esta última sexta-feira 13 (Março) foi o dia de mais sorte que eu tive nos últimos meses...20 meses sempre com o telemóvel colado a mim na esperança de receber um telefonema..."Tô???Precisamos de si para começar a trabalhar sra enfermeira"...mas durante 20 longos meses e 6 dias stressantes..nada...quando tocava com um número estranho o coração dava um pulo mas afinal era algo sem importância...


Já alguém me havia dito no dia 13 de Fevereiro (também uma sexta-feira) : "Tem calma, o teu dia de sorte ainda vai ser a uma sexta-feira 13!!!"...Tinhas razão :)


Na última sexta-feira, estava eu então muito sossegada a fazer contas à vida quando toca o telemóvel...pois bem...o resultado dessa tão esperada chamada é amanha finalmente iniciar o meu 1º emprego...estou feliz...não tenho sequer palavras para descrever o que sinto...estou também ansiosa porque é tudo novo mas com a vontade com que estou concerteza hei-de conseguir...


A quem ainda anda por ai perdido não desesperem...e procurem...mexam-se...não fiquem parados a espera...


Quando desejamos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor (O ALquimista de Paulo Coelho)...agora sim esta frase faz todo o sentido para mim...eu corri atrás desta oportunidade para tentar agarrá-la...quando ia a desistir ela deu meia volta e veio ter comigo...lutem...e boa sorte para vós e para mim :)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Juramento de Hipócrates...


Hipócrates (em grego, Ἱπποκράτης) — (Cós, 460Tessália, 377 a.C.) é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da saúde, frequentemente considerado "pai da medicina". Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde.
O juramento de Hipócrates é uma declaração solene tradicionalmente feita por médicos por ocasião de sua formatura. Acredita-se que o texto é de autoria de Hipócrates ou de um de seus discípulos.

Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça.


— Hipócrates

Bem, falei tantas vezes da mãe da enfermagem era justo falar do pai da medicina...assim já temos completo os pais da saúde :)

Pela nossa carreira...



Hoje pelas 16h30 há nova reunião entre os representantes da nossa profissão e o MS...será que haverá finalmente um acordo que seja satisfatório para nós??? Hum...acho que ainda não será desta...mas se tal acontecer cá estaremos para a greve de dois dias!!! Aliás eu não :S...mas conto com os colegas para lutarem pela nossa causa e não se mostrarem indiferentes...aguardemos então para conhecer o resultado da reunião...

quarta-feira, 11 de março de 2009

O 11 de Março na História...

Bem, andava eu aqui a pensar o que haveria de escrever hoje no meu blog quando me lembrei...ah...que tal pesquisar o que aconteceu nos 11 de Março da história...só quando vi o resultado da pesquisa percebi que faz hoje 5 anos de um acontecimento trágico...


11 de Março de 2004: Trata-se do mais grave atentado cometido em Espanha até à actualidade, com 10 explosões quase simultâneas em quatro comboios à hora de ponta da manhã (8:00). Mais tarde foram detonadas pela polícia duas bombas adicionais que não tinham explodido e foi desactivada uma terceira, que permitiu identificar os responsáveis. As bombas estavam no interior de mochilas carregadas com TNT (trinitrotolueno).
Morreram 191 pessoas e mais de 1.700 ficaram feridas. O comando terrorista foi encontrado e cercado pela polícia espanhola poucas semanas depois em
Leganés. Os seus membros cometeram suicídio fazendo explodir o apartamento em que se tinham entrincheirado, quando os GEO iniciaram o assalto. Nesta acção morreram todos os membros presentes da célula islamista e um agente do grupo policial (http://pt.wikipedia.org/wiki/Atentados_de_11_de_mar%C3%A7o_de_2004_em_Madrid)



Quando me lembrei que dia era não pude deixar de escrever aqui uma palavra de apoio e amizade a todos os familiares e amigos das vítimas dos atentados em Madrid...porque estas pessoas não devem ser esquecidas...porque estes dias não devem ser esquecidos...pois ajudam-nos a lembrar a maldade que existe neste mundo...mas também nos ajudam a lembrar que o ser humano ainda consegue ser bom e solidário e abandonar tudo para ajudar o próximo em sofrimento...Não esqueçamos estes dias...


Agora só por curiosidade...também houve um 11 de Março na história de Portugal...ou uma tentativa de 11 de Março vá...mas como já tinhamos o 25 de abril a moda não pegou :)


11 de Março de 1975: Foi uma tentativa falhada de golpe militar, organizada pelo general António Spínola, ex-presidente da República, aliado à Força Aérea e ao Exército de Libertação de Portugal (ELP), por oposição ao Comando Operacional do Continente (COPCON) e à Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR), na tentativa de pôr fim ao governo de Vasco Gonçalves, defensor de um regime socialista avançado. A missão foi abortada e o golpe foi dado como falhado. (http://www.citi.pt/cultura/politica/25_de_abril/11_marco.html)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Concentração Nacional de Enfermeiros...



Colegas empregados, desempregados, futuros colegas...adiram à concentração!!!Porque o que está em causa é o futuro de todos nós, é o futuro da Enfermagem...basta de ficarmos parados a ver o comboio passar...precisamos de apanhar esse comboio e já que ele não pára para nos apanhar teremos que tentar nós apanhá-lo...infelizmente não posso ir apesar de desempregada mas estarei a torcer para que alguma coisa se faça por nós...


Uma lágrima por ti chorei...




Todos os seres humanos estabelecem relações afectivas com os outros, umas mais outras menos intensas. Esta intensidade depende da proximidade do relacionamento, bem como do envolvimento emocional. Por isso, situações de ruptura são sempre complexas, pois implicam a vivência do fenómeno da perda e/ou posterior elaboração de um processo de luto. Reportar-me-ei a este último conceito.
A nossa sociedade parece ainda não estar preparada para lidar normalmente com o fenómeno da morte, sendo esta, a mais comum das vezes entendida como a degradação do corpo e finitude da vida. É vivida intensamente, pois nunca desejamos separar-nos daqueles que nos são próximos, querendo tê-los sempre ao pé de nós. Não será esta atitude contraproducente? Ou seja, o que com isto quero dizer é que, ao invés de vivermos atormentados com a perda e querermos prolongar o sofrimento de outrém em prol do nosso bem-estar psicológico, porque não a encarar como um processo de transição?
Apesar dos avanços crescentes da medicina, há cada vez mais pessoas a sofrer de doenças crónicas e incapacitantes, em que a única coisa que se pode fazer é prolongar a vida do doente por mais algum tempo, ainda que isso acarrete agravamentos na sua qualidade de vida. Não raras vezes os familiares procuram (ou são encaminhados para) apoio psicoterapêutico, devido ao sofrimento que se encontram a vivenciar, o que é um acontecimento normal. Toda a dor e sofrimento devem ser exteriorizados, para sua posterior elaboração e seguimento de um processo de luto normal. Em doenças terminais, quando a medicina não mais pode oferecer do que cuidados paliativos, deve então fornecer-se ao doente a qualidade de vida que ele tanto merece, que pode passar por diversos níveis.
Desde cuidados adequados em centros especializados, a visitas de familiares e amigos para uma última despedida, à realização de últimos desejos e cumprimento de tarefas necessárias à organização da vida dos que cá ficam após a sua morte. É comum que os doentes sofram mais com a dor que sentem que estão a provocar nos outros, do que com a sua própria condição. É importante falar-se com eles sobre a própria morte, atenuando as suas preocupações, a sua dor, tranquilizando-os para o momento da partida. Porque é algo comum, a que todos devemos estar sensibilizados, procurando não vivê-la com uma tonalidade de dor e amargura. Muito do nosso sofrimento passa pelas representações que adquirimos ao longo da vida. E a vivência do luto deve começar a ser encarada como algo inevitável na vida de todos nós.
Qualidade de vida, tranquilidade e bem-estar não são sinónimos de dor e sofrimento nos últimos dias... O toque e um sorriso podem relevar mais do que uma lágrima em momentos de aflição.


Por Joana Patrícia Dias

Licenciada em Psicologia



domingo, 8 de março de 2009

Saúde 24

Sinceramente, com tanto problema gerado só porque os enfermeiros tentaram cumprir o seu dever, denunciando o que estava mal...afinal para que serve a linha!!!Naõ é pra bem dos utentes, para lhes prestar apoio???Então acho bem que denunciem o que está mal se esse objectivo não estava a ser cumprido da forma mais correcta!!!E quem é que se lixa???Os enfermeiros claro...Lá pensaram que deviam era ter recebido o seu ao fim do mês e ficar calado quanto ao resto...pois é mas temos pena os enfermeiros não são assim...
Alguém nos rogou uma praga só pode...conspiração contra a Enfermagem...



Call centre de Lisboa da Saúde 24 está praticamente parado



06.03.2009 - 17h06 Margarida Gomes~



Apenas um enfermeiro do primeiro turno da tarde (que começou às 16H00) se apresentou hoje para trabalhar no call centre de Lisboa da Linha Saúde 24. Os restantes profissionais recusaram-se a fazê-lo, encontrando-se concentrados à portas das instalações do serviço, na Avenida das Forças Armadas.À entrada, os enfermeiros que protestam contra a Administração da LCS - Linha de Cuidados de Saúde que gere aquele serviço público por ignorar as denúncias relatadas na carta dos supervisores e dos enfermeiros do centro de atendimento de Lisboa à ministra Ana Jorge, em Outubro passado, informaram a colega que se apresentou ao serviço do que se estava a passar, tendo optado por ir trabalhar.Ao contrário do que aconteceu em Janeiro, desta vez o call centre de Lisboa não está totalmente parado, embora lá dentro estejam apenas o director do call centre, Paulo Lopes, duas supervisoras e a enfermeira do turno da tarde. Todos os colegas dos turnos da manhã já abandonaram as instalações.Em Janeiro, todas as chamadas feitas pelos utentes da linha no período em que o call centre de Lisboa esteve parado foram reencaminhadas para o Porto e hoje é também provável que muitas das chamadas serão também reencaminhadas para o Porto, uma vez que o maior volume de telefonemas acontece da parte de tarde. Por dia, a Saúde 24 regista uma média de 1600/1700 chamadas.Na altura, os enfermeiros decidiram parar a linha em Lisboa pelo facto de a administração ter despedido sete enfermeiros do serviço de atendimento, quatro dos quais eram testemunhas abonatórias da enfermeira supervisora Ana Rita Cavaco, num processo que a empresa moveu àquela profissional, na sequência da carta à ministra Ana Jorge, na qual a alertavam para o “caos organizativo em que o serviço estava a funcionar”. Os outros três enfermeiros despedidos integravam a equipa da enfermeira supervisora, entretanto suspensa. A justificação avançada pela administração da LCS para a suspensão daquela supervisora foi que a sua presença nas instalações “perturbava o funcionamento do serviço”. A situação tem-se arrastado na comunicação social, e a Direcção-geral de Saúde, que teme que este conflito acaba por prejudicar a imagem e qualidade do serviço da Saúde 24, tem mantido contactos com o presidente do Conselho de Administração da LCS. Nunes Coelho, no sentido de resolver o mais rapidamente possível o conflito. No âmbito dessas negociações, a administração comprometeu-se a readmitir os enfermeiros despedidos, mas até hoje apenas um regressou à Saúde 24, segundo garantem os outros enfermeiros dispensados.A Linha Saúde 24 resulta de uma parceria público-privada estabelecida entre o Governo (Direcção-Geral de Saúde) e o LCS (uma empresa do Grupo Caixa Geral de Depósitos) e a não revogação do contrato já foi admitida pelo director-geral de Saúde, Francisco George, que tem apontado o dedo a administração pela falta de “sensibilidade para gerir enfermeiros”.


sexta-feira, 6 de março de 2009

Fez-se luz...ou melhor...penicilina :)

Bem...como este blog não serve só para ecrever os meus desabafos ou notícias recentes, cá deixo mais uma história...Já aqui falei muito de Florence Nightingale, a "mae" da Enfermagem, falarei agora de outro grande pioneiro da área da saúde, o "pai" dos antibióticos...


Sir Alexander Fleming (East Ayrshire, 6 de agosto de 1881Londres, 11 de março de 1955) foi o descobridor da proteína antimicrobiana chamada lisozima e do antibiótico penicilina obtido a partir do fungo Penicillium notatum.
Trabalhou como médico microbiologista no Hospital St. Mary de Londres até o começo da
Primeira Guerra Mundial. Durante a guerra foi médico militar nas frentes de batalha da França e ficou impressionado pela grande mortalidade nos hospitais de campanha causada pelas feridas de arma de fogo que resultavam em gangrena gasosa. Finalizada a guerra, regressou ao Hospital St. Mary onde buscou intensamente um novo anti-séptico que evitasse a dura agonia provocada pelas infecções durante a guerra.
Os dois descobrimentos de Fleming ocorreram nos
anos 20 e ainda que tenham sido acidentais demonstram a grande capacidade de observação e intuição deste médico britânico. O descobrimento da lisozima ocorreu depois que o muco de seu nariz, procedente de um espirro, caísse sobre uma placa de cultura onde cresciam colônias bacterianas. Alguns dias mais tarde notou que as bactérias haviam sido destruídas no local onde se havia depositado o fluido nasal.
O laboratório de Fleming estava habitualmente bagunçado, o que resultou em uma grande vantagem para sua segunda importante descoberta. Em Setembro de 1928, Fleming estava realizando vários experimentos em seu laboratório e ao inspecionar suas culturas antigas antes de destruí-las notou que a colônia de um fungo havia crescido espontaneamente, como um contaminante, numa das
placas de Petri semeadas com Staphylococcus aureus. Fleming observou outras placas e comprovou que as colônias bacterianas que se encontravam ao redor do fungo (mais tarde identificado como Penicillium notatum) eram transparentes devido a uma lise bacteriana. A lise significava a morte das bactérias, e no caso, das bactérias patogênicas (Staphylococcus aureus) crescidas na placa. Ainda que tenha reconhecido imediatamente a importância deste seu achado, seus colegas subestimaram-no.
Fleming comunicou sua descoberta sobre a penicilina no
British Journal of Experimental Pathology em 1929.
Fleming trabalhou com o fungo durante algum tempo, mas a obtenção e purificação da penicilina a partir dos cultivos de Penicillium notatum resultaram difíceis e mais apropriadas para os químicos. Mas a comunidade científica da época achava que a penicilina só seria útil para tratar infecções banais e por isto não lhe deu atenção. No entanto, o antibiótico despertou o interesse dos investigadores
estado-unidenses, que durante a Segunda Guerra Mundial tentavam imitar a medicina militar alemã que possuía as sulfamidas. Os químicos Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey descobriram um método de purificação da penicilina que permitiu sua síntese e distribuição comercial para o resto da população
Fleming não
patenteou sua descoberta, pois achava que assim seria mais fácil a difusão de um produto necessário para o tratamento das numerosas infecções que castigavam a população.
Por seus descobrimentos, Fleming compartilhou o
Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1945 junto a Ernst Boris Chain e Howard Walter Florey.
Fleming foi membro do Chelsea Arts Club, um clube privado para artistas fundado em 1891 por sugestão do pintor
James McNeil Whistler. Conta-se como anedota que Fleming foi admitido no clube depois de realizar "pinturas com germes" e que estas pinturas consistiam em pincelar o lenço com bactérias pigmentadas, as quais eram invisíveis no início, mas que surgiam com intensas cores uma vez incubadas e crescidas. As espécies bacterianas que utilizava eram:
Serratia marcescens – cor vermelha
Chromobacterium violaceum – cor púrpura
Micrococcus luteus – cor amarela
Micrococcus varians - branca
Micrococcus roseus – cor rosa
Bacillus sp. – alaranjada
Alexander Fleming morreu em
1955 de um ataque cardíaco. Foi enterrado como herói nacional na cripta da Catedral de São Paulo em Londres. Seu descobrimento da penicilina significou uma mudança drástica para a medicina moderna, iniciando a chamada "Era dos antibióticos".

Pela Enfermagem...


Apelamos a que publiquem este Post nos vossos blogs, transmitam-no via email e copiem a carta que vos deixamos (ver em baixo) para os seguintes sites, Fax ou email…




Ministra: Ana Jorge Morada : Av. João Crisóstomo, 9, 6º -1049-062 LisboaTel.: 213 305 000 Fax: 213 305 175Correio electrónico: gms@ms.gov.pt



Deste modo, voltamos a mostrar toda a nossa indignação. Várias foram as promessas sucessivas de que Enfermagem veria ser reposto o seu valor a carreira de Licenciados. Já estamos fartos de esperar, por isso deixamos este documento que caso assim entenderem só têm que assinar e enviar por mail ou fax para o Ministério da Saúde.

“Sra. Ministra da Saúde

EU, INDIVIDUALMENTE, TAMBÉM CONTESTO!


No passado dia 20 de Fevereiro, durante a Greve Nacional de Enfermeiros, a Sra. Ministra da Saúde anunciou e, finalmente, concretizou o envio, aos Sindicatos, da proposta reformulada, cujo compromisso tinha assumido no dia 29 de Dezembro de 2008.
Na proposta constato, e no que diz respeito a estes 4 princípios:


1. UMA CARREIRA PARA TODOS OS ENFERMEIROS – face a esta reivindicação, justa, o Ministério assume que a mesma apenas está dependente de uma decisão politica, razão pela qual propõe que os actuais enfermeiros, a contrato individual de trabalho por tempo indeterminado possam optar pelo que vier a ficar regulamentado neste decreto-lei. Contudo, isso não é suficiente! Nós, enfermeiros, não aceitaremos a manutenção de qualquer tipo de discriminação e, na realidade, o que a Sra. Ministra está a propor é o seu aprofundamento, porque, no âmbito da sua opção, estão vedadas todas as restantes regras aplicáveis aos colegas com contrato de trabalho em funções públicas e, inadmissivelmente, nada disto é possível para os futuros enfermeiros.


2. UMA CARREIRA COM UMA ÚNICA CATEGORIA – a Sra. Ministra ao manter uma proposta com duas categorias, insuficientemente justificada com supostos conteúdos funcionais diferentes, contrários ao que hoje está legalmente consagrado no REPE, no Decreto de Lei que transforma a formação dos enfermeiros em Licenciatura e no Código Deontológico revela apenas ter um objectivo: IMPEDIR O DESENVOLVIMENTO DOS ENFERMEIROS NO LEQUE SALARIAL QUE O ACTUAL GOVERNO CONSIDEROU SER O MAIS JUSTO PARA REMUNERAR OS LICENCIADOS.


3. DESCATEGORIZAÇÃO DOS ACTUAIS ENFERMEIROS DA ÁREA DA GESTÃO – se a anterior proposta já era por nós considerada uma vergonha e um “atentado” à profissão, para esta só encontramos adjectivos num léxico pouco propício. Aos enfermeiros que estão, hoje, nas categorias de gestão da actual carreira de enfermagem, independentemente do que se tenha de reflectir sobre as práticas profissionais, foi exigido sempre concursos de acesso às categorias superiores; no acesso à categoria de enfermeiro graduado até 1988 para além do concurso era exigido um exame escrito de estudo obrigatório de 12 temas dos quais era escolhido 1 pelo júri. Para acesso à categoria de Enfermeiro Especialista era exigido, até 1991, nota positiva no exame de acesso à especialidade (a partir desta data passou a ser exigido a avaliação curricular), frequência da especialidade e posterior concurso de acesso à categoria, primeiro com exame escrito e depois com apreciação curricular. Para acesso à categoria de Enfermeiro Chefe e Supervisor era necessário a frequência dos cursos de Administração, concurso, apreciação e discussão curricular e, em muitos casos, avaliação do perfil psicológico. É DE TODO ESTE PERCURSO, INTRINSECAMENTE LIGADO AO DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO que não é de todo admissível esta proposta da Sra. Ministra.


4. GRELHA SALARIAL – é inadmissível que a Sra. Ministra esteja a propor aos enfermeiros uma remuneração de ingresso na actividade abaixo daquela que o Governo, por lei, consagrou para os restantes Licenciados da Administração Pública. É intolerável que a Sra. Ministra apresente uma proposta que coloque o topo da carreira dos enfermeiros abaixo do topo da actual carreira de técnico superior. É insustentável que a Sra. Ministra queira perpetuar a discriminação do reconhecimento do valor social do trabalho dos enfermeiros e, mais grave, que inadmissivelmente diminua, na proposta que se pretende para e com futuro, as expectativas de desenvolvimento salarial quando a comparamos com a actual Carreira de Enfermagem.


Porque o que está em causa é a Profissão de Enfermagem e o seu Desenvolvimento;

Porque o que está em causa é o reconhecimento do grau académico e do valor social da profissão;
Porque não posso continuar a aceitar qualquer tipo de discriminação para e entre os enfermeiros, quer já estejam no exercício ou para os futuros,CONTESTO E REPUDIO VEEMENTEMENTE A PROPOSTA QUE NOS ENVIOU!



…………………(assinatura)………………….…………… ”

quinta-feira, 5 de março de 2009

Cunhas amigas...



As cunhas...aí as cunhas que são tão nossas amigas...se queremos ir a um espectáculo mas já não há bilhetes disponíveis...arranjamos uma cunha e lá estamos nós a ver a nossa banda preferida e ainda ganhamos uma ida aos bastidores...espectáculo...se queremos comprar alguma coisa mas achamos que é caro para o nosso bolso...arranjamos uma cunhazita e lá nos fazem um desconto jeitoso pelo novo écran LCD do tamanho da parede lá de casa...SE QUEREMOS EMPREGO mas isto tá cheio por todo lado, lamentamos mas não há vagas neste momento, é gente a mais, ARRANJAMOS UMA CUNHA e lá estamos nós a entrar ao serviço no dia seguinte, com um contrato e ordenado jeitosos e tudo...
Mas afinal o que é uma cunha????!!!!! Cunha: "constituída por uma peça prismática de madeira ou de ferro, com base triangular isósceles; pode ser considerada como formada de dois planos inclinados unidos pelas suas bases". Ah...então uma cunha é aquele bocado de madeira que colocamos debaixo da porta pra esta não se fechar...bem...nunca pensei é que se tornasse tão importante que até já vale mais que o dinheiro...Então sendo assim, estou desempregada, preciso de emprego...se arranjar uma cunha consigo emprego mais depressa...(será pra bater no presidente do hospital até ele ceder ao meu pedido de emprego?? :-D)...
Sendo assim e como diz um velho amigo "Porreiro, pá!!!"...alguém sabe onde posso arranjar uma tonelada de cunhas pra ontem???

domingo, 1 de março de 2009

Esperança e coragem...

Para aqueles que acham que a vida não faz sentido, para quem pensa que não há esperança neste mundo e não se considera feliz com o que tem...conheçam a história de Helen Keller, uma menina surda e cega qeu soube ser feliz apesar das suas limitações...
TRÊS DIAS PARA VER
Por Helen Keller

O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão? Helen Keller (1880-1968), uma mulher extraordinária, cega, surda e muda desde bebê, nos chama a atenção para a apreciação de nossos sentidos, algo que normalmente não percebemos. Apenas de posse do sentido do tato e uma perseverança inigualável, sob a orientação de Anne Sullivan Macy, Keller pôde aprender a ler e escrever pelo método Braille, chegando mesmo a falar, por imitação das vibrações da garganta de sua preceptora, as quais captava com as pontas dos dedos. O esforço de sua mente em procurar se comunicar com o exterior teve como resultado o afloramento de uma inteligência excepcional, considerada a maior vitória individual da história da educação. Ela foi uma educadora, escritora e advogada de cegos. Tinha muita ambição e grande poder de realização. Ao lado de Sullivan, percorreu vários países do mundo promovendo campanhas para melhorar a situação dos deficientes visuais e auditivos. É considerada uma das grandes heroínas do mundo. A Srta. Helen alterou nossa percepção do deficiente.

Publicado no Reader’s Digest (Seleções) há 70 anos.
Texto selecionado por Silvia Helena Cardoso

Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silencio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. “Nada de especial”, foi à resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro. Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias.
Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas “janelas da alma”, os olhos. Só consigo “ver” as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos. Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita?
Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam. Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias!
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês. À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr-do-sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida. Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos, veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal.
Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira.
Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante.
À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restricta ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso. Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento.
Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino.
Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço.
Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres – interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa.
Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade – vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.
Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas aço que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar.
Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Nas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual. Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você.
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos. Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos, estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.