sábado, 13 de dezembro de 2008

Mais uma notícia...

12 de Dezembro de 2008

Um relatório, publicado na revista cientifica “Journal of the American College of Cardiology”, revelou que o tratamento a longo prazo com o fármaco antidislipidémico fenofibrato, um tipo de fibrato utilizado para baixar o colesterol, não reduz as placas coronárias ou os sinais de aterosclerose em pacientes com diabetes tipo 2.Investigações anteriores têm sugerido que a terapia com fibratos pode ter efeitos cardiovasculares benéficos. Contudo, na principal análise do estudo relativo à utilização do fenofibrato na diabetes, denominado FIELD, os investigadores descobriram que o tratamento com fenofibrato não reduziu os ataques cardíacos nos diabéticos tipo 2.O ponto principal do sub-estudo do FIELD, que incluiu 170 pacientes que receberam aleatoriamente fenofibrato ou placebo durante cinco anos, era determinar se a terapia com fenofibrato reduz a aterosclerose, um grande factor de risco para ataques cardíacos, em pacientes com diabetes tipo 2.A Dra. Anne Hiukka, da Universidade de Helsínquia, na Finlândia, e colegas relataram que, durante o seguimento, a aterosclerose progrediu num grau semelhante em ambos os grupos.Num editorial, o Dr. Evan A. Stein, do "Metabolic and Atherosclerosis Research Center", em Cincinnati, no Ohio, comentou que estes resultados do sub-estudo, combinados com as principais descobertas do FIELD, sugerem que o tratamento com fenofibrato oferece poucos benefícios cardíacos aos pacientes diabéticos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Recordações do passado...

Pois é...sou Portuguesa de coração mas a minha infância feliz não foi vivida cá...vivi em Payerne na Suiça...e como estamos em época natalícia e cá não neva (pelo menos não na minha região), fui invadida por recordações nostálgicas do meu segundo país...por isso partilho aqui alumas imagens da bela vila onde vivi e daquela terra lindíssima...


Uma linda vila no meio do campo...


Esta era a nossa base militar/aérea...tenho uma linda recordação de adorar ir ver os aviões aterrar em dias de treino...mas também me lembro de não gostar muito do barulho que eles faziam:)

E este era Le Chateâu, que se chama como aquele em França, Notre Dame, que funcionava também como local de aulas para 6º, 7º, 8º e 9º anos do escalão mais alto de educação (pregimnasialle). Aliás era conhecida por castelo mas era uma "abbatiale", acho que é o equivalente a uma sé (???), tinha funcionado como mosteiro nos seus tempos de glória.

Esta era a parte do claustro do tal castelo, a escola...o que eu corri isto com os livros na mão!!!




Vista do ar..



A nossa floresta, que tinha percursos marcados para andar de bicicleta, e outros que se seguiam, como num pedi-paper, mas em vez de adivinhas, em cada paregem faziam-se tipos de exercícios físicos diferentes...muito fixe...




Como qualquer vila de campo que se preze, também tinhamos o nosso rio, La Broye, esta é a parte mais estreita e menos profunda dele...ah...e os moços são os nossos bombeiros a fazer uma simulação...


Ainda um resto de neve no horizonte...

Linda até de noite...


Desculpem a quem não percebe muito de inglês mais eis aqui mais alguma informação sobre esta vila...

"
Payerne

Payerne is the regional economic centre of the Broye Plain in Canton Vaud. It has a picturesque and historic old town that includes the 11th century abbey church of Notre Dame, the largest Romanesque building in Switzerland.
Payerne is the centre of an area that is still strongly agriculture-orientated. Since the Broye River correction of 1906, Payerne has a large area of fertile land in the plain to the north of the town. It is used to cultivate crops of grains, tobacco, vegetables and sugar beet. There are cattle and fruit orchards in the hilly area to the south of the town. The Swiss Air Force has an important airbase at Payerne.Payerne has a picturesque old town with a medieval character. Four 13th and 14th century turrets of the almost square-shaped town defence still stand. There are also many well-preserved bourgeois and patrician houses dating from the 17th to 19th centuries.A former Benedictine abbey is located in the centre of Payerne. The impressive 11th century abbey church is the largest Romanesque building in Switzerland and, with its decorated columns and early frescos, is considered one of the finest examples of Romanesque architecture in Europe. To the east of the abbey church is the Protestant parish church dating from the 13th and 14th centuries. The treble-naved Gothic church was refurbished in the 16th century.Payerne and environs are ideal for people who enjoy holidaying in the countryside. The region is famous for its natural beauty and easy-going ways, its farmhouse accommodation, sports, culture and the opportunity to taste and purchase fine local produce. The River Broye with its nature conservation area has several hiking and cycling routes. On the Granary Trail («Chemin des Blés»), 80 km of sign-posted paths with information panels for hikers and cyclists await discovery, along with the charm of this region to the west of Payerne. Grain mills and bakeries can be visited en route.
Highlights
Abbey church in Payerne – one of the most impressive Romanesque churches in Switzerland, dating from the 11th century. Bears witness to the former Cluniac priory which was of European significance.
Payerneland – entertainment for young and old, including Europe's largest indoor kart track, Switzerland's largest indoor crazy-golf course and many attractions for young children."






sábado, 6 de dezembro de 2008

Utilização da genética
Base de dados de ADN está pronta a arrancar e promete diminuir crimes por resolver
05.12.2008 - 08h41 Natália Faria

Foi dado o passo que faltava para a criação da base de dados portuguesa de perfis de ADN para identificação civil e criminal. O regulamento e as regras de funcionamento que faltavam para pôr em prática aquele instrumento foram publicados, anteontem, em Diário da República, pelo que o Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) está agora apto a recolher a informação genética de todos os condenados por crimes dolosos com penas de prisão concreta igual ou superior a três anos de prisão.A expectativa do secretário de Estado adjunto e da Justiça, Conde Rodrigues, é que este instrumento (recentemente criado também pela Espanha e pela Grécia) reduza substancialmente a taxa de crimes que ficam por resolver, bem como o número de cadáveres que chegam ao INML e que acabam por ser inumados sem chegarem a ser identificados. "Estávamos atrás dos outros países nesta matéria e agora temos todas as condições técnicas e humanas para que, no respeito pelos direitos fundamentais, combater o crime e identificar pessoas desaparecidas de forma muito mais eficaz", declarou ao PÚBLICO. O presidente do INML, Duarte Nuno Vieira, também aplaude de pé a criação desta base genética. "É um instrumento essencial à investigação criminal, pelo qual nos vínhamos batendo há vários anos." A informação da primeira base de dados genética portuguesa ficará instalada na sede do INML em Coimbra e ficará sob a direcção de Francisco Corte-Real, especialista em genética forense e director da Delegação do Centro do INML.Autor do regulamento desta lei, Corte-Real garante que a confidencialidade dos dados está assegurada e que "em caso algum os marcadores de ADN poderão revelar qualquer informação sobre as características patológicas ou hereditárias dos indivíduos". Cortando de raiz qualquer risco de utilização abusiva dos dados que vierem a ser recolhidos, Conde Rodrigues lembra que a lei portuguesa (5/2008, de 12 de Fevereiro) é muito mais cautelosa do que a da Grã-Bretanha (ver texto nesta página). "Na investigação criminal, vai ser sempre precisa autorização judicial quer na inclusão dos perfis genéticos na base, quer no cruzamento posterior desses perfis", explicou. "Há países em que isso não acontece, mas nós quisemos ser mais eficazes no combate ao crime, sempre no respeito pelos direitos fundamentais", frisou. Corte-Real concorda e garante também que "não será possível, como na Grã-Bretanha, incluir suspeitos de crimes na base de dados e muito menos mantê-los lá depois de terem sido absolvidos". Pensada para identificar criminosos, bem como para reconhecer desaparecidos, a base de dados de ADN portuguesa terá vários ficheiros diferentes, para separar as águas entre os perfis recolhidos para investigação criminal e aqueles que visam a identificação civil. Por outro lado, "os perfis de ADN e os dados pessoais ficarão separados fisicamente", segundo Francisco Corte-Real. No tocante à identificação civil, a base será constituída a partir da recolha de amostras em voluntários que queiram o seu perfil referenciado. "Há dois anos, no incêndio da serra da Estrela, morreram cinco pilotos chilenos e o INML conseguiu identificar os cadáveres que tinham registos do seu ADN na base de dados do respectivo país", ilustrou Conde Rodrigues. Do mesmo modo, será possível fazer identificações de pessoas desaparecidas (com autorização da família) e recolher amostras em cadáveres. "Nos gabinetes do Porto, Coimbra e Lisboa do INML aparecem todas as semanas cadáveres que muitas vezes são enterrados ou inumados sem chegarem a ser identificados. Sendo possível cruzar esses perfis genéticos com os pedidos sobre desaparecidos que nos chegam de famílias e da polícia, haverá menos corpos por identificar", aponta Corte-Real. No âmbito do combate ao crime, é o director nacional adjunto da Polícia Judiciária, Pedro Carmo, a elencar as vantagens. "Ao permitir a comparação de amostras de ADN recolhidas nos locais dos crimes ou nas próprias vítimas, as vantagens são imensas. Será muito mais fácil identificar vítimas de crimes violentos, bem como os seus autores, nomeadamente nos casos de crimes que tenham deixado vestígios biológicos", como sangue ou esperma. Seis mil "perfis" por anoNo tocante aos criminosos, a lei já permite a recolha de amostras de ADN para a resolução de um crime específico. Só que a partir de agora, esses perfis genéticos poderão ser integrados numa base de dados. Isto só se aplica, porém, aos casos dos condenados por crimes dolosos com pena concreta de prisão igual ou superior a três anos. E sempre por despacho do juiz do julgamento. E será necessário mandado judicial para fazer comparação de amostras. Prevê-se que à volta de seis mil presos possam, em cada ano, em Portugal, ser sujeitos à recolha de amostras de ADN. "O instrumento será particularmente útil nos casos de criminosos reincidentes, permitindo, além disso, afastar desde logo, as suspeitas sobre algumas pessoas", acrescentou Pedro Carmo. A recolha será feita nos laboratórios do INML, da polícia científica da PJ ou nos laboratórios autorizados. Nestes casos, o perfil genético manter-se-á na base de dados até ao fim do prazo de prescrição do procedimento criminal. "Quando o indivíduo ficar com registo criminal limpo, deixa de fazer sentido mantê-lo na base de dados", esclareceu Corte Real.
Atribuição de cédulas profissionais de enfermeiros passa a depender de período tutelado pelo Ministério - Ana Jorge
06 de Dezembro de 2008, 19:42

Lisboa, 06 Dez (Lusa) - A atribuição das cédulas profissionais aos enfermeiros vai deixar de ser um processo administrativo para passar a depender do resultado de um período de exercício prático tutelado pelo Ministério da Saúde.
Esta alteração insere-se no novo modelo de regulação profissional dos enfermeiros, construída em parceria com a tutela, mas ainda precisa de ser aprovada pela direcção da Ordem dos Enfermeiros.
"Este novo modelo [de regulação] propõe criar um período de exercício tutelado para os jovens enfermeiros deixando a atribuição da cédula profissional de ser um processo meramente administrativo, mas mais qualificado", explicou a ministra Ana Jorge no encerramento da primeira Conferência de Regulação da Ordem dos Enfermeiros, que decorreu entre 04 e 06 de Dezembro, em Lisboa.
No entender da ministra da Saúde, o trabalho partilhado entre Ordem profissional e a tutela explica-se com a vontade de fornecer aos enfermeiros "todos os instrumentos necessários à sua evolução profissional" através de uma "alteração aos estatutos da Ordem para permitir vir a aplicar um novo modelo do desenvolvimento profissional".
"Acreditamos que o trabalho desenvolvido em parceria vem beneficiar não só os profissionais de enfermagem, mas também os utentes, e é para isso que todos nós trabalhamos, dos serviços de saúde que sabem poder contar com profissionais bem preparados para os receber", defendeu Ana Jorge.
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, por seu lado, responsabilizou aquilo que chamou de "invasão da ideologia neo-liberal" pelo "enfraquecimento dos mecanismos de controlo social" que legam para "o funcionamento livre do mercado e das relações económicas a defesa do que de melhor serve o cidadão".
"Por isso, é nossa convicção que quando aprofundamentos os dispositivos do reforço da regulação profissional assumimos maior responsabilidades como profissionais e estamos a contribuir para as dinâmicas de equilíbrio necessárias a defesa do direito a cuidados de saúde de qualidade que a regulação em saúde tem de assegurar", rematou Maria Augusta Sousa.
Ainda durante o seu discurso, a ministra da Saúde aproveitou para elogiar o papel "essencial" dos enfermeiros no trabalho dos novos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACS) que arrancam já em Janeiro.
Os ACS são estruturas com autonomia administrativa que terão por objectivo zelar pela eficácia dos cuidados de saúde prestados à população de um concelho ou conjunto de concelhos e que congregam cinco unidades funcionais: unidades de saúde familiar, cuidados na comunidade, cuidados de saúde personalizados, recursos existenciais partilhados e saúde publica.
"Através do trabalho conjunto destas unidades pretende-se obter ganhos em saúde e optimizar os recursos concentrando meios na prestação de cuidados em detrimentos das actividades administrativas. Em todas estas unidades os enfermeiros assumem um papel essencial no desenvolvimento dos cuidados de proximidade e mais humanizados", adiantou Ana Jorge.
SV.
Lusa

Para as mulheres...

Vacinação contra o HPV e cancro do colo do útero
(http://saude.sapo.pt/artigos/?id=804552)

A vacinação contra o HPV reduz o risco de cancro do colo do útero, mas não o elimina. Mesmo que tenha sido vacinada, é importante continuar a efectuar o rastreio do colo do útero regularmente.

O que é o cancro do colo do útero?
O cancro do colo do útero desenvolve-se no colo do útero, que é a extremidade inferior do útero que liga o corpo do útero à vagina. Ocorre quando as células do colo do útero são infectadas pelo HPV, desenvolvem anomalias e começam a crescer de forma descontrolada.

Por que motivo devo ser vacinada?
Ficou demonstrado que a vacina previne eficazmente:
• a infecção por HPV dos tipos 16 e 18, que são os dois tipos de HPV cancerígeno mais comuns,
• o desenvolvimento de células do colo do útero anormais causadas por estes tipos.
Por este motivo, a vacinação irá reduzir o risco de necessidade de tratamento das células do colo do útero anormais, devendo reduzir o risco de cancro do colo do útero. Uma vacina também protege contra os tipos de HPV 6 e 11 que são a causa da maioria dos casos de verrugas genitais.

Quem deve ser vacinado?
A vacinação previne a ocorrência de qualquer infecção por HPV. A protecção é mais eficaz se a vacina for administrada antes do início da actividade sexual. No entanto, o HPV é muito comum e muitas mulheres são infectadas logo a seguir ao início da actividade sexual. Consequentemente, a vacinação pode ser menos eficaz nas adolescentes ou nas mulheres sexualmente activas.
Em Portugal, recomenda-se que a vacinação seja feita entre os 11 e os 13 anos de idade. As idades alternativas para a vacinação são dos 9-10 anos de acordo com indicação médica e 14-26 anos em mulheres que não foram vacinadas ou não terminaram a vacinação.

A vacinação proporciona uma protecção completa contra o cancro do colo do útero?
A vacina actual é administrada em três doses administradas num período de seis meses. Presentemente, sabemos que a vacina proporciona uma boa protecção contra os tipos de HPV incluídos na vacina, e contra a doença causada por estes tipos, durante pelo menos 6 anos, que foi o tempo durante o qual as mulheres foram seguidas nos ensaios clínicos realizados até ao momento.

A vacinação proporciona uma protecção completa contra o cancro do colo do útero?
Estão actualmente em curso estudos que permitirão averiguar durante quanto mais tempo durará a protecção. A vacinação previne eficazmente o desenvolvimento de células anormais do colo do útero causadas pelos tipos de HPV existentes na vacina, no caso das mulheres que não estão actualmente infectadas por estes tipos. No entanto, não ficou demonstrado que protegesse mulheres já infectadas pelo HPV 16 ou 18 no momento em que foram vacinadas. Além disso, não protegem contra todos os outros tipos de HPV que podem provocar cancro do colo do útero. Por estes motivos, a vacinação não protege completamente contra o cancro do colo do útero. Mesmo que já tenha sido vacinada, é importante continuar a fazer o rastreio regular do colo do útero, para que quaisquer células anormais do colo do útero possam ser detectadas numa fase precoce, numa altura em que podem ser removidas facilmente de modo a prevenir o desenvolvimento de cancro.

A vacina protege durante quanto tempo?
A vacina actual é administrada em três doses administradas num período de seis meses. Presentemente, sabemos que a vacina proporciona uma boa protecção contra os tipos de HPV incluídos na vacina, e contra a doença causada por estes tipos, durante pelo menos 6 anos, que foi o tempo durante o qual as mulheres foram seguidas nos ensaios clínicos realizados até ao momento. Estão actualmente em curso estudos que permitirão averiguar durante quanto mais tempo durará a protecção.

Os rapazes ou os homens devem ser vacinados?
Embora os homens não possam contrair cancro do colo do útero, podem transmitir o HPV à sua parceira. No entanto, não é recomendada a vacinação de rapazes ou homens em Portugal, uma vez que ainda não sabemos se prevenirá eficazmente a infecção por HPV nos indivíduos do sexo masculino. Esta questão está agora a ser estudada, e no futuro poderá vir a ser recomendada a vacinação de homens e rapazes.

A vacinação é segura?
A vacinação parece ser segura. Os ensaios clínicos revelam apenas ligeiras reacções típicas de qualquer vacinação (edema, prurido, vermelhidão no local da injecção e, com menos frequência, febre, náuseas e tonturas). Não é recomendada a administração da vacina do HPV a mulheres grávidas.


03 de Outubro de 2007 (http://www.farmacia.com.pt/)
Governo comparticipa vacina contra HPV em 40%


A comparticipação da vacina contra o cancro do colo do útero poderá ascender aos 40 por cento. O valor está a ser estudado pelo Executivo e a medida custará aos cofres do Estado entre 15 e 75 milhões de euros.Por sua vez, o Infarmed está já a negociar com o laboratório responsável pela produção da vacina uma possível redução do preço do medicamento, avança a Antena 1. Cada dose da vacina contra o vírus do Papiloma Humano custa actualmente 160,45 euros, porém, para ser eficaz, tem que ser aplicado em três tomas, o que significa um gasto superior a 480 euros.Desta forma, o Governo pretende integrar a vacina no Plano Nacional de Vacinação, à semelhança do que acontece com as vacinas contra a hepatite «B» e a meningite.O estudo do Infarmed que permitirá enquadrar a medida deverá ser entregue ao Governo até Junho de 2008, no entanto, a comparticipação está já contemplada nas contas do Serviço Nacional de Saúde para o Orçamento de Estado (OE) do próximo ano.
Marta Bilro

Há coisas que vale a pena ler...


"Mensagem à terceira idade"

O tempo vai passando
e o sofrimento e as lágrimas
abrem caminhos ao passar
a que os homens chamam rugas.
Vossos olhos são pássaros
cujas asas cruzam os céus
sem caminhos...

Há muito pouco tempo
a Primavera sorria
nos ninhos dos passarinhos!
Depois vem o Verão
que trouxe a experiência
da certeza dos caminhos.
Breve surgiu o Outono
de riso triste e magoado
e com ele o sofrimento
que nos conduz à verdade.
A vida é curta mas bela!
É tão frágil a alegria
como uma gota de orvalho
dançando nas flores
em perpétua harmonia.
Bate à porta o Inverno;
Há frio, dor e turbilhão...
Mas não serão todos eles
frutos da mesma estação?
As pessoas não têm idade.
Os anos passam apenas.
Vós precisais da bengala
do nosso carinho e força.
Nós queremos a riqueza
da vossa experiência
que nenhum livro iguala.

Acreditai sempre no Amor!
Vejam nele a mais bela flor
mesmo que traga dor e solidão,
pois é na força do coração
que está o segredo da alegria
conjugando a noite com o dia.

Os anos passam sem nada poupar.
A frescura e o tempo não se podem reter;
mas há sempre lugar para receber.
Há sempre algo para encontrar
em contínua renovação.
Só é velho a valer,
quem mesmo o quiser ser.

Manuela Mourisca Martins

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Viva os legumes!!!

Brócolos pode reverter danos da diabetes, diz estudo

Internacional
08/08/2008 09:08:9

Um estudo conduzido por pesquisadores britânicos sugere que os brócolos podem reverter danos causados pela diabetes nos vasos sanguíneos do coração.A equipa, da Universidade de Warwick, acredita que um composto fabricado pelo vegetal, o sulforafano, seria responsável pela produção de enzimas que protegem os vasos, e moléculas que reduzem danos causados às células pelo excesso de açúcar.Segundo os especialistas, os diabéticos têm até cinco vezes mais probabilidades de desenvolver doenças vasculares, como ataques cardíacos e enfartes, ambos ligados ao mau funcionamento dos vasos sanguíneos.O estudo, divulgado na publicação científica Diabetes, testou os efeitos do sulforafano em células dos vasos sanguíneos danificadas por altos níveis de glicose (hiperglicemia), associados à diabetes.Eles verificaram que o composto encontrado nos brócolos reduziu em até 73% o nível de moléculas chamadas Espécies Reativas do Oxigênio (ROS, na sigla em inglês), produzidas em excesso quando o organismo concentra altos níveis de açúcar.Segundos os especialistas, essas moléculas danificam as células humanas.Eles também descobriram que o sulforafano activou uma proteína chamada nrf2, que protege células e tecidos ao produzir enzimas antioxidantes e desintoxicantes.O coordenador da pesquisa, Paul Thornalley, disse que o estudo sugere que substâncias como o sulforafano podem ajudar a conter o aparecimento de doenças vasculares em pacientes com diabetes."No futuro, será importante testar se uma alimentação rica em brócolos e outros vegetais brassica (como couve-flor e repolho) pode traduzir-se em benefícios para os que sofrem da doença. Esperamos que sim", disse o pesquisador.
A palavra do leitor

Curiosidade

Por Láudano Sine Nauta Navis

Em 21 de outubro de 1854, Florence Nightingale e mais 38 enfermeiras voluntárias partiram da Inglaterra em direção a Iscutari (hoje em dia Üsküdur) na Turquia como auxiliares do corpo médico britânico para o tratamento dos feridos na Guerra da Criméia. Das muitas coisas que Nightingale inventou ou ajudou a introduzir a mais conhecida é a Cruz Vermelha. A menos, o uso da estatística na área hospitalar e a apresentação destas em diagramas gráficos. É, como aqueles gráficos do Powerpoint. “Gráfico pizza”, na tradução pobrinha dos anos 80. Ela usou esses gráficos para demonstrar com mais força a barbaridade que os números que tinha colhido em dois anos de trabalho indicavam. Esses documentos ainda existem e pode-se ver neles a caligrafia tipicamente feminina de Florence e as cores escolhidas por ela: azul, magenta, cinza
.
Confesso a minha profunda ignorância sobre a contribuição da nossa querida Florence para a criação da Cruz Vermelha, mas agora que sei sinto-me orgulhosa :)

sábado, 3 de maio de 2008

A Lenda dos Enfermeiros



Quando Deus criou o enfermeiro, teve de fazer horas suplementares. Era o sexto dia. Disse-lhe um anjo:

- Senhor, há muito tempo que trabalhais para fazer este modelo!

- Já pensaste na longa lista de simbolos especiais inscritos nesta encomenda? A obra tem de ser entregue sob a forma masculina e feminina, fácil de desinfectar, sem despesas de conservação e não pode ser de plástico. Ele deve ter nervos de aço, costas que resistam a toda a provação, sendo ao mesmo tempo docil e gracioso, para se poder sentir à vontade nos quartos de serviço demasiado pequenos. Deve poder fazer cinco coisas ao mesmo tempo, tendo o cuidado de manter sempre uma mão livre. - respondeu-lhe Deus.

O anjo abanou a cabeça e disse:

- Seis mãos, isso é uma coisa impossível.

- A dificuldade não está ai. O que me preocupa são os três pares de olhos que deve ter o modelo padrão; dois olhos para ver a noite atravês das paredes, durante as velas e para vigiar duas unidades; dois olhos atrás da cabeça para ver aquilo que não gostariam que ele visse, mas de que tem que ter absoluto conhecimento e, seguramente, dois olhos de frente, que olham para o paciente e lhe dizem: 'Compreendo-vos, estou aqui, não se preocupe.' - Deus respondeu.

O anjo puxou-lhe gentilmente pelo braço e disse:

- Ide dormir Senhor, amanhã de manhã continuareis.

- Não posso. - respondeu o Senhor - Já consegui que raramente adoeça e se saiba tratar a si mesmo. Aceita que dez quartos duplos recolham quarenta doentes, mas nunca que dez postos de trabalho sejam apenas providos com cinco enfermeiros. Gosta muito da sua profissão, que exige muito dele e não é muito bem pago. Sabe viver com horários irregulares e aceita ter poucos tempos livres.

O anjo andou lentamente à volta do modelo do enfermeiro e suspirou:

- O material é demasiado mole.

Deus replicou:

- Mas é tenaz. Tu não imaginas tudo o que ele pode pensar! Não somente pensar, mas avaliar uma situação e tomar compromisso.

O anjo inclinou-se mais sobre o modelo, passou-lho o dedo pela face e disse:

- Vejo aqui uma fenda. Já vos disse que experimentais várias coisas no vosso modelo.

- Esta fenda é feita por uma lágrima. - disse Deus.

- Porquê?

- Ela corre nos momentos de alegria, de tristeza, de decepção, de dor e de desamparo. - explicou-lhe Deus - é a lágrima que serve de tubo de escape para o excedente.

Este postal é dedicado a todos os que dedicam a vida a esta profissão...

'Os anjos estão no céu e os enfermeiros na terra'

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O pão que o diabo aumentou...

Fonte

Eis a dura realidade...:D

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Belo título...

Leiam este artigo em:

http://pt.cision.com/online/resultado_mail.asp?ver=tif&codf=
4189&idnoticia=7524099&tipo=cr

Sem comentários...!!!

Justiça cega!!!!


O corpo de Rita foi projectado a cinco metros. Bateu no semáforo e arrancou-o do chão. A rapariga de 15 anos acabava de ser colhida por um Porsche junto à escola, na passadeira. Morreu.

O condutor tinha sinal amarelo na Av. das Descobertas, em Lisboa, mas o Ministério Público (MP) diz que ele não parou pela sua “velocidade desapropriada” – e “apercebeu-se da presença do peão”. Ainda foi acusado por homicídio negligente só que o MP nunca disse qual a velocidade a que ia o Porsche – o juiz teve de arquivar o processo. O pai da vítima recorreu ao Tribunal da Relação de Lisboa e um acórdão de três desembargadores não deixa dúvidas. Tratou-se de “uma mera birra do MP contra o poder judicial”.

A estudante do 10.º ano saía das aulas, na Secundária do Restelo, às 13h15 de 5 de Novembro de 2004. Atravessou a estrada para apanhar o autocarro mas o sinal ainda estava vermelho para os peões. Dois carros pararam no amarelo para as crianças passarem; enquanto G.R.A., ao volante do seu Porsche, passou pela terceira faixa e colheu Rita.

Foram ouvidas 11 testemunhas e várias falaram em excesso de velocidade. Mas o cálculo que faria fé em tribunal deveria ter sido pedido ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Não ficaram marcas da travagem do Porsche, mas “seria tido em conta o local onde se imobilizou em relação ao local do embate e a projecção do corpo [cinco metros] em função do seu peso [47 quilos]”, diz um especialista ao CM. Mas o MP limitou-se a concluir, em 26 de Abril do ano seguinte: “O condutor omitiu deveres de cuidado que devia ter respeitado (...), conhecia o local, sabia estar próximo de uma escola, apercebeu-se da presença do peão mas, apesar disso, animava o veículo com velocidade desapropriada (...), o que não lhe permitiu pará-lo (...) por forma a evitar (...) a violência do embate”.

O advogado de G.R.A. recordou ao juiz de instrução criminal que a acusação não referia a velocidade. A acusação foi de imediato devolvida ao MP dos juízos criminais de Lisboa, mas o procurador titular do inquérito insistiu: “(...) Não concordamos com a decisão do juiz de instrução criminal. Nada mais há a apurar neste caso (...). O MP mantém na íntegra a acusação, passível de julgamento e de levar a que o arguido seja condenado”.

O juiz arquivou tudo e o pai da rapariga recorreu à Relação de Lisboa. A resposta do tribunal superior: “Atitude criticável e consciente [do MP], o que demonstra um entendimento curioso da função e inaceitável desrespeito por normas e procedimentos de interesse público. (...) Incompreensível desprezo pelos interesses em jogo – a morte de uma menor”.(Correio da Manhã, 27 Fev 2008)

Ah... e tal...a miúda foi projectada 5 metros, ainda consegui com a força do embate arrancar um poste! Um poste não um sinal de trânsito! A miúda não era nenhum boi! Mas ah...e tal...não se sabe a que velocidade ia o condutor do PORSHE. Que interessa se ia a 100 ou a 150??? Ia em excesso de velocidade de certeza tendo em conta as circunstâncias do acidente! Mas ah...e tal...mais uma vez a justiça faz-se de cega e quem sofre é a família da miúda que não vê justiça feita!!!

Só boas notícias!


Numa altura em que todo este desemprego está a dar cabo da cabeça a muita gente, sai agora um estudo a confirmar que os antidepressivos não funcionam!!! Bem...se calhar então a feniletilamina contida no chocolate sempre funciona melhor para levantar o moral ao pessoal! Toca a atacar os chocolates:)...

Preço do trigo aumentou 50%...e o pãozinho quentinho do padeiro também vai aumentar!...A este ritmo temos que retomar a antiga tradição de cozer o pão em casa!!!

E...para não variar muito...o petróleo atingiu novo máximo histórico...qualquer dia um litro de gasolina é mais caro que o próprio veículo:)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Florence - A veradeira história


Florence Nightingale está para a Enfermagem, como Hipócrates está para a medicina. Teve uma grande influência nas mudanças relativas à importância dada à assépsia, aos cuidados de higiene e à alimentação e conforto dos doentes, como factores imprescindíveis na manutenção da saúde e prevenção de complicações. Mas até isto acontecer muitas crises foram acontecendo.

Quando Florence falou pela primeira vez aos seus pais que queria ser enfermeira, eles a encararam boquiabertos. O quê? A filha de uma das mais ricas famílias da Inglaterra ingressar numa das mais baixas profissões? Ora,a enfermagem nem chegava a ser profissão naquele tempo. "A maioria das enfermeiras" - citamos um médico da época - "é constituída por prostitutas ébrias que, ao serem levadas à polícia, têm a faculdade de optar entre ir para a prisão ou ir para o serviço hospitalar... Muitas vezes são encontradas dormindo debaixo das camas dos seus enfermos mortos, cujas bebidas alcoólicas elas roubaram".
Assim, quando comunicou aos pais a sua decisão, "foi como se eu me quisesse tornar numa criada de cozinha". Não fora para tal carreira que eles haviam educado a filha. O pai de Florence, Sr. William Shore Nightingale, proprietário do Embley Park em Hampshire, tencionava fazer da sua filha uma senhora da alta sociedade, como a elegante mãe de Florence. Esta menina era a mais linda e mais bem-dotada de todas as filhas do casal. Tinham-lhe dado uma educação própria de princesa: matemática superior, literatura, música, enfim ciências e artes. Ela aprendera o italiano, o alemão e o francês, e falava esses idiomas tão fluentemente como o inglês. E também as línguas mortas.
Uma jovem tão brilhante quanto encantadora. Viajara por toda a Europa e subira o Nilo. Era capaz de conversar com qualquer espécie de gente sobre qualquer espécie de assunto. Comparecera mesmo às recepções da rainha. E todos os rapazes da Inglaterra estavam a seus pés. Que queria ela no mundo?
"Quero fugir de toda esta maçada". Tinha um caminho independente a trilhar. Tinha fibra e uma língua afiada. "Amontoar conhecimentos de uma miscelânea de matérias", dizia ela, "é a mais desagradável de todas as ocupações". E quase tão desagradável era acumular uma miscelânea de relações nas altas rodas. Florence queria afastar-se de toda esta sociedade artificial, empoada e afectada. Queria abraçar de corpo e alma a vida. Conhecer os seres humanos nos seus momentos de verdade. No seus momentos de dor.
O seu pai fazia-a frequentemente ler alto para ele um livro victoriano de boas maneiras etitulado "Episódios da Vida de Uma Filha no Lar". Mas ela preferia ler por si mesma um livro de conteúdo muito diverso: o Relatório Anual do Instituto Fliedner. Este instituto era uma escola alemã de Enfermagem.

Florence possuía uma vocação inacta para cuidar de feridos e doentes. Já em criança deixava frequentemente as brincadeiras para consertar bonecas e pensar as feridas dos animais domésticos de estimação e da gente do campo, em Embley. Ela mesma conta que na idade de seis anos já tinha consciência de um "chamado" para uma missão de caridade. Com o tempo, foi-se tornando cada vez mais cônscia da estrela que fora convidada a seguir. Uma tarde - tinha então cerca de dezoito anos - Florence passeava com uma amiga no relvado fronteiro à sala de estar, em Embley. - "Sabes o que penso sempre que olho para essa fileira de janelas?"-Disse ela-"Penso como transformaria isto num hospital e como disporia os leitos."

Durante alguns anos, enquanto esteve na casa dos vinte, pensou em casar-se. Teve mesmo um ou dois casos amorosos.Mas tirou da cabeça a idéia de casamento. A vida de casada não era coisa para ela. No casamento, registrou ela, "podia achar satisfação para a sua natureza intelectual e afectiva, mas não para sua natureza moral". E foi esta que prevaleceu. Em 1850 escreveu no seu diário: "Tenho agora trinta anos: a idade com que Cristo iniciou Sua Missão... Não quero mais saber mais de coisas infantis e vãs, não quero saber mais de amor, de casamento". Estava agora disposta a seguir os passos dele e se entregar à sua própria missão.

Florence Nightingale roubara muitas horas à sua vida para estudar Anatomia e visitar o hospital do distrito. Certa vez, numa curta viagem à Alemanha, frequentou por duas semanas a Escola de Enfermagem Fliedner. Dentro em breve ela provou aos cépticos ingleses que era feita para a Enfermagem. Nomeada administradora do Sanatório Harley Street, "um estabelecimento para senhoras durante a enfermidade", ela mostrou que sabia não só esfregar soalhos como também curar feridas e, o que era mesmo mais importante, ressuscitar esperanças.

Em 21 de outubro de 1854, Florence embarcou para a Criméia. A agitação da viagem, o balanço do barco - assaltado por um furacão no Mediterrâneo - e a direção das nada obedientes trinta e oito enfermeiras que levava consigo, tudo isso foi uma provação excessiva para suas energias. Chegou a Scutari doente. Os soldados carregaram-lhe a maca revezando-se, desde o cais até a casa do capelão. Rapidamente, porém, ela recuperou a saúde.

Pouco depois da chegada de Florence, uma remessa de 27.000 camisas fora descarregada em Scutari e só esperava ser desembrulhada. Mas o oficial aprovisionador recusou-se a efectuar o desenfardamento sem permissão do Comando. Durante três semanas os enfermos e feridos "tremeram de frio na sua nudez", enquanto Miss Nightingale suplicava em vão que os vestissem. Afinal as autoridades desviaram o assunto para a rotina regular do serviço e expediram a necessária licença. Já na próxima ocasião em que uma remessa de camisas chegou para o hospital, Florence tomou o assunto a seu cargo. Ordenou às enfermeiras que abrissem os pacotes e distribuíssem as camisas, enquanto o "aprovisionador" torcia as mãos e resmungava que o mundo ia "água abaixo e mulheres abaixo". Mas as mulheres, sob a direcção de Florence puderam agir. Escovaram os soalhos e as paredes do hospital, reorganizaram as enfermarias e as cozinhas e as lavandarias, reordenaram a distribuição dos alimentos de modo que ninguém fosse obrigado a passar fome e adicionaram ao cardápio um bom número de reforçados alimentos, tais como sopas, vinhos e geleias. E estavam em condições de fazer tudo isto porque não gastavam nada do dinheiro do governo, mas dependiam dos próprios recursos de Florence, supridos pelas generosas contribuições de uma porção de homens e mulheres de larga visão. "Que desperdício absurdo de dinheiro em destroços sem serventia!" lamentou Lorde Stratford de Redcliffe, embaixador britânico na Turquia. "Eu desejava que gastassem esse dinheiro num fim mais digno, na construção de uma igreja anglicana em Constantinopla".

Os agradecidos doentes de Scutari passaram a considerá-la como "A DAMA DA LÂMPADA". Sua simples presença restituiu à vida mais de um homem a quem os médicos tinham desenganado. Havia dias em que passava oito horas de joelhos, cuidando de ferimentos e ajeitando as cobertas sobre os membros doridos dos hospitalizados. Às vezes permanecia vinte horas seguidas sem interrupção ao lado dos cirurgiões que se revezavam nas suas operações. Nas cirurgias, foi Florence que ordenou a esterilização dos materiais antes de serem usados, com os meios conhecidos no seu tempo - o álcool e a exposição dos materiais a altas temperaturas ( fogo). Além da Enfermagem, atendia todo o serviço administrativo e a muitos dos afazeres domésticos do hospital.

Em 1856, voltou à pátria com a saúde arruinada para o resto da vida. Sua obra, porém, longe de estar concluída, estava apenas a começar. Em 1857 fundou a Nightingale Home para aprendizagem das enfermeiras, em 1858 publicou um livro "Observações sobre a Enfermagem". De 1862 a 1890 trabalhou pelo estabelecimento de várias escolas de enfermagem e pela reforma dos hospitais militares. Em 1907 recebeu a Ordem do Mérito (aos 87 anos) e faleceu em Londres em 1910.
(in Enfermeiro on-line)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Socorro urgente sem controlo de tempo (JN, 18/02/08)


"Helena Norte

Não há limites de tempo definidos na lei para prestar socorro a uma vítima de doença súbita ou acidente. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), responsável pela coordenação da assistência pré-hospitalar, não está obrigado a qualquer protocolo com prazos máximos para chegar até ao doente e depois transportá-lo para o hospital. Nem sabe quais são os tempos médios de espera. O novo presidente, Abílio Gomes, toma hoje posse com o INEM debaixo de fortes críticas, devido aos recentes casos de alegada desarticulação com os bombeiros. Herda, também, um instituto que conheceu uma expansão ímpar nos últimos anos.

A evolução registada na assistência pré-hospitalar é consensual. Há mais ambulâncias e melhores equipamentos, mais médicos a prestar socorro no terreno e mais técnicos formados. Mas continua a haver falhas. Até no plano legislativo. A lei é omissa quanto aos tempos limite de socorro às vítimas e sobre o tipo de assistência a mobilizar, denuncia Vítor Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência. "Meia hora para chegar a uma Urgência não é aceitável. É fundamental que haja legislação", defende. Mas, em Portugal, não há leis nem recomendações sobre a matéria. Nem o INEM tem estatísticas sobre o tempo médio que os doentes esperam pelo socorro.

A existência destes protocolos obrigaria, por exemplo, a reforçar e reorganizar os meios em função das distâncias, das condições de acesso e dos serviços de urgência. Ou seja, criar uma verdadeira rede nacional de ambulâncias com base em critérios de operacionalidade e não apenas de rácios (uma ambulância para 40 mil habitantes), como defende Duarte Caldeira, presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros.

Falhas no sistema

A decisão sobre o tipo de meios accionar perante um pedido de socorro - quer seja por doença súbita ou acidente - é do médico de serviço no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). Dependendo da gravidade da situação, pode ser deslocada apenas uma ambulância de socorro (do INEM, dos bombeiros ou da Cruz Vermelha). Caso seja necessário prestar suporte avançado de vida, segue uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), tripulada por um médico e um enfermeiro, ou um helicóptero.

As falhas podem acontecer quer na triagem, que é feita com base nas informações - nem sempre correctas - fornecidas por quem faz a chamada para o 112, ou no accionamento dos meios. O não envio de assistência é a queixa mais frequente do INEM (67 de um total de cem, no primeiro trimestre de 2007).

Em teoria, as ambulâncias de socorro deviam ter sempre uma tripulação composta por dois elementos (um deles com curso de técnico de ambulância de emergência), mas a realidade não é essa. O recente caso de Alijó - onde as duas corporações de bombeiros tinham apenas um elemento no quartel, inviabilizando, assim, a saída de uma ambulância durante a noite - é exemplo das fragilidade do sistema.

25 concelhos sem INEM

Alijó é um dos 25 concelhos do país em que o INEM não tem ambulâncias colocadas nem protocolos com os bombeiros, o que significa que as corporações locais recebem apenas em função do número de transportes que realizam. Sem apoios fixos, muitas não conseguem ter recursos suficientes para garantir dois tripulantes por ambulância, 24 horas por dia. Mas nem as que têm acordos com o INEM garantem a guarnição legalmente exigida. E há ambulâncias a funcionar apenas com o motorista ou com dois tripulantes sem a formação adequada.

Duarte Caldeira acusa o INEM de secularizar os bombeiros, desaproveitando os meios já instaladas, ao mesmo tempo que insiste numa "política autofágica e centrada no seu umbigo".

Alheio às críticas dos bombeiros, o INEM, sob a direcção de Cunha Ribeiro, prosseguiu uma estratégia de profissionalização dos serviços de socorro, assumindo protagonizo crescente. O fecho de maternidades, serviços de atendimento permanentes (SAP) e urgências fez aumentar a pressão sobre este organismo. À revolta pela falta de serviços junta-se a contestação à resposta do sistema de emergência. O INEM está debaixo de fogo. Neste clima de contestação às reformas da Saúde, cai o ministro Correia de Campos e, depois, o presidente do INEM, Cunha Ribeiro, já com a gestão de Ana Jorge. O coronel médico Abílio Gomes é o homem escolhido pela nova ministra para presidir ao instituto. Sendo certo que o INEM vai continuar a sua estratégia de reforço de meios e de profissionalização dos serviços, importa saber qual a dinâmica que vai imprimir ao funcionamento da rede e, mais do que isso, como vai gerir a conturbada relação com os bombeiros."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

FLORENCE NIGHTINGALE - Uma vida dedicada aos outros


Compreendeu qual poderia ser o objectivo da sua vida. Ela acompanhava a mãe nas visitas aos aldeões doentes que serviam nas grandes propriedades da família. A penúria dos remédios, a falta de recursos para o tratamento e a impossibilidade de hospitais e meios de assistência aos pobres impressionava-a.

Pensou que poderia consagrar inteiramente à missão de forma enfermeiras competentes que assistissem os doentes, não só fisicamente mas também moralmente.

Até meados do século XIX, era praticamente nula a assistência aos enfermos nos hospitais de campanha, onde a insalubridade aumentava ainda mais o número de mortos. Com seu trabalho, Florence Nightingale lançou as bases dos modernos serviços de enfermagem.

Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820 na cidade italiana de Florence, onde sua família, de origem inglesa, residia temporariamente. Educada pelo pai, aprendeu grego, latim, francês, alemão e italiano, história, filosofia e matamática. Em 7 de fevereiro de 1837, acreditou ter ouvido a voz de Deus conclamá-la a uma missão. Interessou-se então pela enfermagem, e após formar-se por uma instituição protestante de Kaiserweth, Alemanha, transferiu-se para Londres, onde passou a trabalhar como superintendente de um hospital de caridade.

Durante a guerra da Crimeia, entre 1854 e 1856, integrou o corpo de enfermagem britânico em Scutari, Turquia. Seu trabalho de assistência aos enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar a tornou conhecida em toda a frente de batalha. Publicou Notes on Matters Affecting the Health, Efficiency and Hospital Administration of the British Army (1858; Notes sobre a saúde, a eficiência e a administração hospitalar no exército britânico). Fundou em 1860 a primeira escola de enfermagem do mundo. Em 1901, completamente cega, parou de trabalhar. Morreu em Londres, em 13 de agosto de 1910.


A vida por um canudo


São necessários 20000 enfermeiros nas instituições de saúde de todo o país...mas no entanto continuam a estar desempregados 5000 enfermeiros!!! Que país é este onde vivemos... Que país é este que para poupar uns tostões poupa na saúde da sua população mas continua a ter ministros que ganham o seu belo ordenado sem fazer nada e que se passeiam em carros que estão isentos de portagens... As prioridades dos senhores deste país devem estar muito trocadas concerteza...
Podem dizer que não somos os únicos nesta situação...mas pelo que dizem as estatísticas há professores em excesso neste país...mas enfermeiros...são precisos...há colegas a trabalhar em condições desumanas para tapar a lacuna de profissionais dos serviços...mas nós por cá ficamos porque iríamos gastar uns tostões muito necessários ao governo...

Que país é este onde vivemos!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Porquê Enfermagem?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Oração de Enfermagem




Simplesmente lindo!

Para reflectir...



Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

Novas andanças...


Pois é...sou nova nestas andanças dos blogs! Decidi criar o meu próprio blog para poder partilhar as minhas experiências com todos os que o desejarem mas sobretudo com os meus amigos.
Terminei o curso fez ontem 7 longos meses e até hoje ainda não encontrei emprego! Enfermagem é o meu sonho, o meu encanto e não me deixam exercê-la... Quando será que esta chama se vai finalmente acender para mim...